segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

A Porta

 

Abre, passa, fecha.
Não repara, ignora.
  Continua lá parada,
Ouve-se “Din Dom!”.
Chega mais, boas e más.
Sem "Din Dom" agora.
Não sei quem são.
Eu não penso.
Continuo lá parada,
Levanta, aproxima-se, gira-me, abre e sai.
Abrem-me, fecham-me, esquecem-me,
E me deixa lá parada
Abrem-me, agora se ouve, um barulho irritante,
Outrora assustador
Que chegara aos ouvidos como “Nhhheeennc”
Madeira, parafusos e maçaneta.
Mas continua lá parada.